Amor...

Sinto-me forte e serena
sinto que te conheço desde sempre
que já vivemos imensas coisas juntos
sinto-me bem contigo, como nunca me senti com outra pessoa
ou comigo mesma
fazes-me bem
dás-me paz
amo-te!

Tranquila

Senta-se na rocha no alto da montanha e inspira profundamente o ar frio daquela manhã.
Observa lá em baixo ao longe, pequenas casas que se amontoam em pedaços da encosta. Uma ou outra pessoa atarefada na sua vida, onde os dias sucedem as noites, e se transformam em semanas, meses, anos sempre iguais. Elas resistem apegadas à terra ou... ao passado.
Muda a sua pele, mudam-se as pessoas, apagam-se as casas, esvaziam-se as ruas. 
Lá no alto apenas os sons da terra inundam os seus ouvidos. A cada inspiração o ar purifica-lhe os pulmões, mais do que isso... Purifica-lhe a alma.
Está feliz por ter alcançado aquela rocha, mas acima de tudo grata pela mão invisível, pela voz inaudível que lhe guiou os passos, que lhe deu força para superar cada obstáculo.
Grata ao universo por secretamente ter conspirado no reencontro de duas almas no mesmo tempo, no mesmo espaço, na mesma fase de crescimento. Grata por saber perdoar, por saber esperar que esse crescimento acontece-se. Grata pelo amigo ausente, mas sempre presente, que com carinho sabe ouvir e se preocupa pela falta de notícias.
No cimo da montanha, depois de uma longa caminhada... Se encontra tranquilamente sentada escutando o silêncio da vida, a pulsação da terra.

Sentada no autocarro

Sentada no autocarro vendo as árvores correm apressadas, recordo-me de ti... recordo-me de nós.

Passo em revista lembranças tímidas dos primeiros dias da nossa vida.

Revejo o caminho desde a secretária até à rua. O bater ancioso do coração e todos os pensamentos loucos que me assolaram a cabeça.

Vejo-te de pé... do outro lado da estrada... Alto, magro, mão no bolso, olhar curioso, sorriso nos lábios... Loucura!

Recordo o entrar no carro... aqueles primeiros momentos... aquele fim de tarde... aquela noite! A primeira da nossa vida!

Sentada no autocarro... nos nossos primeiros momentos voa livre a minha cabeça.

Fim de semana

Das horas se faz o dia e dos dias a semana... a semana que começa e se acaba no aconchego de  um abraço.

Um abraço que me envolve e me aquece o corpo... a alma.

Um calor que me apaixona um pouco mais... cada dia que passa.

E assim se passam os dias... numa calma, tranquila... na doçura de um olhar... na suavidade de um toque... na loucura de um amor.

Embalada nos braços do amor... deixo-me invadir.

Derretida pelo carinho da mão que me afaga o rosto... deixo-me ficar.

Num silêncio de palavras... deixo-me descansar.

Never Forget

Eu não tenho necessidade de ti. 

E tu não tens necessidade de mim. 

Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. 

Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo...

(in "O Principezinho")

Obrigada, mas.. Dispenso!

Gosto do sorriso sincero, do olhar que nos vê para lá do rosto. Dos olhos curiosos que procuram os nossos, olhando bem dentro da nossa alma...

Gosto das palavras quentes de quem nada procura em troca.
Não gosto da mesquinhez humana, das ervas daninhas, do sorriso interesseiro, das meias palavras...

O abraço vazio, as palavras frias de um olhar esquivo, de quem tem medo de ser denunciado.

Dispenso tudo isso na minha vida.

Não consigo! Não gosto, porque me revejo-me sempre nas vitimas desses sorrisos sombrios.

Não consigo sorrir, quanto mais conviver com gente assim.

Obrigada, mas...

Dispenso!

Prefiro o sol!

Sem medo

Se o medo de amar, de perder, de ser traída... por estar demasiado perto ou demasiado longe... me impedissem de amar... então não conheceria certamente o amor.

Amar é viver para mim, por mim! Compartilhando a vida contigo, cuidando da confiança que nasce dessa convivência. É o nosso mundo,... que criamos à medida que vivemos. As pequenas e as grandes coisas, o bem estar, a calma, a paz.

Por isto e muito mais...

Amo, sem medo de amar!